
Caído em desgraça, o ator Armie Hammer quebra o silêncio: “Fui um idiota”
“Fui egoísta, usei as pessoas para me sentir melhor”, afirma o ator de “A Rede Social” e “Chama-me Pelo Teu Nome”, que em 2021 se viu envolvido num escândalo que o afastou do cinema
Armie Hammer falou pela primeira vez sobre as acusações de abusos sexuais de que foi alvo, que o levaram a abandonar o mundo do cinema.
Em 2021, o ator de “A Rede Social” e “Chama-me Pelo Teu Nome” foi acusado por uma mulher de violação. A mesma mulher partilhou, nas redes sociais, mensagens privadas com Armie Hammer em que este admitia o seu fetiche por canibalismo e dominação sexual.
Em declarações à newsletter “Air Mail”, Hammer mostrou vontade de “admitir os erros”. “Assumir que fui um idiota, que fui egoísta, que usei as pessoas para me sentir melhor. Agora estou mais saudável, mais feliz, mais equilibrado”, acrescentou.
Na mesma publicação, Hammer revelou que foi abusado sexualmente por um pastor da sua igreja, aos 13 anos, uma declaração corroborada pela sua madrinha. “Esse momento levou a sexualidade a entrar na minha vida de uma forma que escapou ao meu controlo”, afirmou. “Passei a querer controlar sexualmente a situação, porque não ter controlo é muito perigoso e desconfortável”.
O ator rejeitou ainda as acusações de violação, dizendo que as relações que manteve com a mulher em questão foram consensuais. Segundo Hammer, “as dinâmicas de poder diferiam muito”, mas isso não significa que tenha existido violação.
Após ter abandonado o mundo do cinema, o ator mudou-se para as Ilhas Caimão, onde arranjou trabalho num hotel de forma a poder sustentar a família. Foi aí que, contou, ponderou suicidar-se. “Nadei o mais que pude, desejando afogar-me, ser atropelado por um barco ou comido por um tubarão”, disse.