Na passada terça-feira, dia 7 de fevereiro, decorreu a primeira semi-final do Festival de Sanremo, o equivalente ao nosso Festival da Canção. O cantor Blanco – que representou Itália no ano passado, na Eurovisão, com Mahmood o tema ‘Brividi’ – apresentou a sua canção ‘L’Isola Delle Rose’ (‘A Ilha das Rosas’, em português).

A dada altura, em plena atuação, o cantor de 19 anos apontou para o seu auricular, uma vez que, de acordo com as imagens, não conseguia ouvir a sua própria voz. Contudo, ao invés de continuar a cantar, Blanco ‘passou-se’ e deu pontapés às rosas que compunham o cenário do palco, deixando-o assim completamente destruído. O artista riu-se e ainda agarrou os músicos que o acompanhavam, e que tocaram a música até ao fim.

No final da atuação, o cantor foi vaiado e o apresentador do Festival de Sanremo questionou Blanco sobre o que se tinha passado, ao que este pediu desculpas e respondeu: “Não conseguia ouvir a minha voz“.

Horas depois do incidente, Amadeus – apresentador e presidente do Festival de Sanremo – anunciou que Blanco não voltará a atuar no Festival esta quarta-feira, 8, como estava originalmente planeado.

O pedido de desculpas de Blanco

Na tarde desta quarta-feira, o cantor recorreu à sua conta de Instagram para apresentar o seu pedido de desculpas público. “Ariston [nome do teatro onde decorre o festival], viste-me frágil como uma criança e ali, onde me ensinaste a correr, eu caí. Mas depois ri, ri, ri, ri e, apesar de não ser perfeito como vocês querem que eu seja, finalmente sou quem eu sou. Amo-vos com toda a minha loucura”, escreveu.

Segundo a agência de notícias italiana ANSA, foi apresentada uma queixa formal às autoridades devido à destruição das flores e ao custo associado, uma vez que o Festival de Sanremo é pago com o dinheiro dos contribuintes.

“Blanco será instado a pagar os prejuízos causados à RAI e responderá pelo crime de dano“, lê-se numa nota da CODACONS, entidade que agrega as associações para a defesa do ambiente e dos direitos dos utentes e consumidores italianos.