Rússia promete “resposta” caso Reino Unido forneça aviões de combate à Ucrânia

Rússia promete “resposta” caso Reino Unido forneça aviões de combate à Ucrânia

  08 Feb 2023

A embaixada russa ameaçou o Reino Unido e afirmou que “a sangrenta colheita do próximo ciclo de escalada ficará na vossa consciência, para além das consequências militares e políticas para o continente europeu e o mundo inteiro”.

A embaixada russa no Reino Unido prometeu esta quarta-feira uma “resposta” caso Londres decida enviar aviões de combate à Ucrânia, como pediu o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no decurso da sua visita ao país.

“Quero recordar aos responsáveis em Londres: nesse cenário, a sangrenta colheita do próximo ciclo de escalada ficará na vossa consciência, para além das consequências militares e políticas para o continente europeu e o mundo inteiro”, indicou a embaixada, citada pelas agências noticiosas russas.

“A Rússia encontrará uma resposta a qualquer medida hostil”, acrescentou.

Ao receber Zelensky esta quarta-feira pela primeira vez, na sua segunda viagem ao exterior desde o início do conflito após uma deslocação aos Estados Unidos em 21 de dezembro passado, o Reino Unido confirma a sua posição na vanguarda do apoio à Ucrânia.

Londres já forneceu 2,5 mil milhões de euros em ajuda militar ao exército ucraniano e comprometeu-se em manter esse nível durante 2023.

O Governo conservador britânico foi o primeiro a anunciar em janeiro a intenção de enviar carros de combate pesados (14 Challengers 2), seguidos pelos Estados Unidos e Alemanha, que esta quarta-feira indicou pretender fornecer à Ucrânia, em coordenação com os seus aliados, um primeiro batalhão de Leopard 2 até finais de abril.

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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