
«O Nacional eliminou da Taça um verdadeiro gigante»
Filipe Martins, treinador do Casa Pia, em declarações na conferência de imprensa, após a derrota com o Nacional por 5-2 no prolongamento, que deixa os gansos fora da Taça nos quartos de final da prova.
«Não há nenhuma equipa que fique reduzida a 10 aos 17m e que não tenha mais dificuldades no jogo. Mas não notei essa inferioridade da nossa parte. Continuámos a assumir o jogo, a criar oportunidades, mesmo sabendo que estávamos mais expostos. O Nacional fez um grande golo a fechar a primeira parte e depois levámos um golo a frio no início da segunda parte, mas mesmo a perder por 2-0, fomos sempre à procura de marcar e fomos a melhor equipa em todo o jogo, exceto no prolongamento. O penálti logo no início do prolongamento surge sem o Nacional fazer muito por isso e depois o quarto golo tornou a missão humanamente impossível.
[sobre a eliminação por uma equipa da II Liga]
«Chama-se tomba-gigantes e os meus jogadores foram verdadeiros gigantes. Não há outro nome para os apelidar depois do que fizeram aqui. Realmente hoje o Nacional tombou um gigante.»
[foco fica agora só no campeonato]
«O objetivo é sempre o mesmo. As Taças foram um objetivo extra, mas a permanência foi sempre o nosso objetivo. Foi uma prestação muito boa que ficou marcada por esta série de incidentes que não nos permitiu sonhar com as meias-finais, mas o foco agora volta para o campeonato.
Somos uma equipa que nem comete muitas faltas, mas estamos a ser punidos porque nos últimos jogos, só contra o Gil Vicente terminámos sem expulsões. Temos feito tudo para manter o nível exibicional, podem pensar que este resultado vai deixar marcas profundas, mas vamos querer dar uma resposta.»
[Bonfim foi a terceira «casa» da época]
«Para quem quer viver um momento histórico como este para o Casa Pia, é de mau tom marcar um jogo às 17h30 a meio da semana. Muitos dos adeptos que vieram qui deixaram de ganhar dinheiro para apoiar a equipa.
Não temos culpa que no início da época, um concerto dos Iron Maiden tenha rebentado o relvado. E agora também não somos culpados por um jogo de rugby que deixou o relvado com crateras onde era impossível jogar futebol. Fazer um estádio demora tempo, é mais um obstáculo que temos de ultrapassar, mas os adeptos não nos têm abandonado e continuam a apoiar como se viu aqui.»