
Governo acredita ter trunfos para baixar pressão das ruas
Costa vê contestação como inevitável, mas confia no poder dos milhões. Marcelo junta-se à promoção do PRR
É como uma panela de pressão, tem de ir libertando vapor. A contestação anda na rua, e em S. Bento, ao mesmo tempo que é dado como certo que o clima de indignação vai continuar, nem por isso o Governo parece preocupado com a mossa que poderá causar a médio e longo prazo. É que, sem dissoluções à vista nem europeias a condicionar a legitimidade do Governo, como António Costa acredita, o balão há de esvaziar. Para isso, conta com dois trunfos: o bom comportamento da economia, que tem respondido melhor do que o esperado à crise inflacionista, e os milhões do PRR, que vão ser executados ao longo deste ano e dos próximos até ao último dia de 2026.
“O PRR não é um conjunto de milhões que metemos dentro de um helicóptero e eles vão caindo onde o vento os levar”, comparou Costa há duas semanas, no Fundão, na assinatura de um dos muitos protocolos sobre habitação que anda a assinar pelo país. Não cai de helicóptero, mas quase. E é a essa tábua que o primeiro-ministro se agarra para manter o “otimismo irritante” que o caracteriza.
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